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Peritos de Santa Catarina identificam fraude em máquina de bichos de pelúcia em Joinville


O trabalho minucioso de dois peritos de Santa Catarina foi essencial para identificar uma fraude em uma máquina de grua de bichos de pelúcia instalada na cidade de Joinville. O equipamento tinha uma placa eletrônica que permitia configurar as chances de quem joga, a máquina estava programada para fechar a grua somente uma vez a cada 22 jogadas. Esta prática se configura como jogo de azar, o que é crime no Brasil.

 

O trabalho foi realizado pelos peritos Fernando Henrique Lonzetti, que é engenheiro eletrônico, e Alcides Ogliari Junior, engenheiro mecânico e atual gerente do Instituto Geral de Perícias (IGP) de Joinville. O CSI Amazônia conversou com Alcides, que contou detalhes sobre a perícia realizada na máquina. Confira abaixo:

 

CSI Amazônia: Qual o nome, a idade e a formação dos peritos que atuaram nesse caso?

 

Alcides Ogliari Junior, 40 anos, engenheiro mecânico. Sou gerente do IGP de Joinville, e apenas dei apoio ao caso, quem trabalhou mais nele foi o perito criminal Fernando Henrique Lonzetti, 25 anos, Engenheiro Eletrônico.

 

CSI Amazônia: Há quanto tempo são peritos, e em que setor atuam?

 

Sou perito em Joinville/SC há 11 anos atuo em identificação de veículos e engenharia legal. O Fernando também é perito em Joinville, há um ano, e atua nos setores de áudio e imagem, e engenharia legal.

 

CSI Amazônia: Você pode fazer um resumo da ocorrência?

 

O Instituto Geral de Perícias (IGP) foi acionado por meio da 2ª Delegacia Regional de Polícia para apoio em uma operação que resultou na apreensão de uma máquina de pegar bichos de pelúcia em um hipermercado de Joinville.  O equipamento foi levado ao IGP, onde os Peritos constataram que a placa eletrônica que gerencia o movimento da grua possui uma programação em que é possível configurar a taxa de ganho de quem joga. Os movimentos na grua são feitos através de motores elétricos e o fechamento das garras ocorre através de tensão aplicada em um eletroímã. No equipamento em questão, a placa estava configurada para que o eletroímã recebesse a tensão correta para o fechamento da grua somente uma vez a cada 22 jogadas. Ou seja, o jogador só tem a chance de pegar uma pelúcia após 21 jogadas perdidas. Além dos exames nos componentes da máquina, foram realizados exaustivos testes onde foi possível concluir que o ganho na máquina não depende exclusivamente ou principalmente da habilidade do jogador, o que pode caracterizar jogo de azar. Foram responsáveis pela perícia os Peritos Criminais Fernando Henrique Lonzetti e Alcides Ogliari Junior.

 

CSI Amazônia: Qual a técnica foi utilizada para se concluir a fraude na máquina de pelúcias?

 

Foram examinados todos os componentes eletrônicos e mecânicos da máquina, utilizando um osciloscópio para medir a variação de tensão. Além disso foram feitos diversos teste de funcionamento para comprovar a programação fraudulenta da máquina.

 

CSI Amazônia: Você acredita que essa é uma prática frequente nesse tipo de negócio?

 

Acreditamos que a grande maioria das máquinas deste tipo possuem programação semelhante, para assegurar um lucro mínimo

02 de Set de 2020

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