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Perícia Criminal resolve caso de estupro e assassinato de adolescente em Manaus


O trabalho da Perícia Criminal do Amazonas foi essencial para a solução de mais um crime bárbaro no Estado, que culminou com a prisão do técnico em enfermagem Anderson Magno da Silva, que confessou ter dopado, estuprado e matado a própria sobrinha Aline Alves Melo, de 14 anos, no bairro Petrópolis, zona Sul de Manaus. A equipe de perícia que atuou no caso orientou os policiais e apontou respostas para os questionamentos levantados na investigação policial, e os laudos periciais confirmara que a jovem sofreu violência sexual, após provavelmente ter sido dopada.

 

O crime aconteceu na noite de sábado, na casa de Anderson, no bairro Petrópolis. Ele próprio confessou que levou a sobrinha para passear no shopping, e que, na volta, ela se sentiu mal. Por ser técnico em enfermagem, Anderson decidiu aplicar uma medicação intravenosa na sobrinha, que a fez dormir. Anderson aproveitou que a jovem estava desacordada e a estuprou. Segundo Anderson, a menina chegou a acordar durante o ato, e tentou se defender. Porém, ainda sob efeito do medicamento, ela voltou a dormir e se engasgou com o vômito.

 

No entanto, a polícia só pôde confrontar o suspeito após o preciso trabalho da perícia, que iniciou ainda no local do crime com os peritos Bráulio Pedroso e Milton Bianchini, que, após as primeiras análises, indicaram a provável violência sexual e asfixia sofridas pela vítima, direcionando as investigações em conjunto com a equipe do Instituto Médico Legal (IML).

 

O laudo da necrópsia assinado pelo Perito Legista Daniel Fonseca apontou que a Aline morreu em decorrência de uma asfixia mecânica causada pelo próprio vômito. Segundo ele, esse tipo de ocorrência é comum em vítimas com rebaixamento no nível de consciência. Isso corrobora com a outra conclusão do laudo, de que a jovem tinha uma lesão milimétrica no antebraço esquerdo, ocasionada, possivelmente, por uma agulha de injeção utilizada para dopá-la.

A necrópsia realizada no corpo de Aline também identificou lesão na região genital, ocasionada pela violência sexual que a jovem sofreu do tio. O laudo foi concluído pelo médico legista em aproximadamente dez horas, o que permitiu a rápida prisão do acusado. Anderson foi indiciado por estupro e feminicídio, e foi levado para o Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM).

 

Remédios

Munida das informações repassadas pelos peritos que atuaram no caso, a polícia também encontrou uma grande quantidade de medicamentos que podem ter sido furtados de dentro do hospital público onde o técnico de enfermagem trabalha. Um deles, possivelmente, foi o utilizado para dopar Aline. O Departamento de Polícia Técnico-Científico ainda aguarda a conclusão dos exames toxicológicos para identificar a substância utilizada. Anderson também será investigado por isso e pode ser indiciado por crime de peculato.

21 de Out de 2019

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